No mercado ilegal das bets, plataformas irregulares enganam os apostadores
Estudo mostra como sites não autorizados enganam apostadores e provocam perdas econômicas, riscos sociais e insegurança digital
Brasília|Do R7, em Brasília

Mesmo com a regulamentação das apostas esportivas em vigor desde janeiro de 2025, operadores fora da lei seguem ativos no Brasil.
Levantamento realizado pela LCA Consultoria Econômica para o Instituto Brasileiro do Jogo Responsável (IBJR), divulgado em junho, revela como o mercado irregular se mantém, impactando a economia e expondo apostadores a fraudes, crimes financeiros e vícios.
Conforme o relatório, esses sites operam sem controle estatal, burlam regras de segurança e dificultam a identificação por parte do consumidor.
Utilizam estratégias para simular legitimidade:
- Adotam nomes parecidos com plataformas oficiais
- Alteram domínios com frequência
- Exploram influenciadores digitais
- Oferecem promoções incompatíveis com a legislação
Entre os principais riscos mapeados estão:
- Ausência de garantia de pagamento dos prêmios
- Falta de proteção contra manipulação de resultados
- Roubo de dados
- Lavagem de dinheiro
- o ir por menores de idade
O documento destaca ainda a inexistência de políticas para prevenção do vício em jogos, além da oferta de apostas sobre eventos proibidos ou sem transparência.
As plataformas irregulares aceitam meios de pagamento fora das normas, como cartões de crédito e criptoativos, ignorando exigências como verificação de identidade ou uso de F.
Dificuldade em distinguir plataformas clandestinas
A combinação de menos barreiras e promessas de retorno elevado acaba atraindo apostadores, muitas vezes sem que percebam estar em ambiente ilegal.
O estudo aponta que 8 em cada 10 usuários têm dificuldade para distinguir plataformas legais das clandestinas.
Segundo o estudo, a “regulação deve ser devidamente calibrada para incentivar formalização do mercado. Excesso de rigor da regulamentação em termos de custos e exigências operacionais pode direcionar parte dos operadores para o mercado ilegal”.
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